Gravura Brasileira

Marina de Falco

Marina de Falco

De 9/9/2010 a 9/10/2010

Prints

 

09 de setembro a 09 de outubro

Anexo – Marina de Falco – gravuras e monotipias

    



"Folhas que caem"
 

O segredo dessa jornada no espaço é oferecer um resultado plástico conciso, sem artifícios, fruto de um processo sereno, que mescla o visceral do desejo de criar com o rigor do fazer.
Tudo começa com uma matriz da qual é arrancado um fragmento em forma de folha. Esse pedaço é então impresso, repetidas vezes, de acordo com o desejo da artista, em variadas posições sobre o papel branco de modo a criar diversas possibilidades visuais da imagem da folha, isolada, sobreposta, solta no espaço ou próxima a outras.
São constituídas famílias visuais que estabelecem um império de delicadeza pelo aspecto majestático do conjunto. Sua solenidade está na beleza e na conquista de certa tridimensionalidade, pois as imagens das folhas de fato parecem estar voando, podendo cair sobre o solo a qualquer momento.
O poder dessas folhas gera no observador encantamento e também reflexão filosófica, pois a idéia desses elementos visualmente oriundos da jaqueira flutuando sobre o papel e na parede de uma galeria evoca a reflexão sobre a transitoriedade do tempo.
Marina de Falco nos lembra, com simplicidade e elegância, que o tempo não foi inventado. Ele simplesmente existe. Nesse sentido, o movimento sugerido pelas imagens das folhas gravadas pela artista alerta constantemente que o saber administrar a queda das folhas é um exercício refinado de acuidade visual.
Não se trata só de técnica no que diz respeito à gravura, mas, acima de tudo, de domínio da criadora sobre si mesma. Qualquer exagero põe a perder uma pesquisa marcada pela contenção do gesto, caracterizada pela liberdade de saber usar os silêncios em nome da construção de um ruído interior, propiciado pela consciência da feitura de um trabalho significativo que precisa voar para novas e longínquas paragens. Trata-se de uma folha solta ao vento, que sente que é hora de partir embora não saiba – nem precise saber – para onde.

 

Oscar D’Ambrosio, jornalista e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA- Seção Brasil).

 



Currículo resumido

Marina de Falco vive e trabalha em São Paulo.

Mestre em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), concluiu o curso de Especialização em Arte-Educação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e Especialização em Estudos de Museu de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Formou-se em Licenciatura de Educação Artística, e também em Licenciatura em Desenho e Plástica pela Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

Desde os anos 80 dedica-se às Artes Plásticas, ao ensino e trabalha em atelier em várias técnicas: desenho, cerâmica, gravura, pintura e instalações.

Participou de individuais e coletivas no Brasil e no exterior.

Expôs coletivamente nos principais espaços expositivos de São Paulo: no prédio da Bienal, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Galeria do SESC Paulista, no Museu de Arte de São Paulo (MASP), no Museu de Arte Brasileira (MAB), no Centro Cultural São Paulo (CCSP), no Liceu de Artes e Ofícios, no Paço das Artes, no SESC Pompéia, no Instituto dos Arquitetos (IAB), na Galeria da Escola de Comunicação e Artes da ECA/ USP, no Museu Brasileiro de Escultura (MuBE), na Galeria Gravura Brasileira; assim como em outras cidades de São Paulo: em Araraquara, Piracicaba, Itanhaém, São José do Rio Preto, Amparo e São Carlos.

Expôs coletivamente em museus de outros estados do Brasil: no Museu do Rio Grande do Sul (MARG) e Museu de Arte do Espírito Santo (MAES).

Individualmente expôs em São Paulo no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na Fundação Nacional de Arte (FUNARTE), na Galeria da ECA - Escola de Comunicações da Universidade de São Paulo, na Secretaria Municipal da Cultura (SMC) e no Espaço Expositivo da Biblioteca Alceu Amoroso Lima e na Biblioteca Infanto-Juvenil Álvaro Guerra e na Galeria Gravura Brasileira.

Em Santa Catarina expôs individualmente no Círculo Ítalo-Brasileiro (CIC) e no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC).

Participou em exposições coletivas na Inglaterra, Itália, França, Portugal e Holanda.

Expôs individualmente na Galleri 19 na Suécia.                       
 

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