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Elisa Bracher

São Paulo

1965

SOBRE

Elisa Bracher (São Paulo, 1965) é artista e educadora. Sua prática começa na gravura e se espraia para a escultura, a fotografia, o audiovisual e a instalação, em obras que exploram as articulações entre forma, matéria e espaço, frequentemente desafiando os limites dos materiais. Objeto de livros como Madeira sobre madeira (Cosac & Naify, 1998) e Maneira branca (Cosac & Naify, 2007), seus trabalhos integram os acervos do Instituto Inhotim e do Museu de Arte Moderna de São Paulo, entre outros. Suas esculturas de grandes dimensões podem ser vistas em espaços públicos como a Pina Contemporânea, o MAM (parque Ibirapuera) e o Sesc 24 de Maio, em São Paulo.

A partir dos anos 2000, movida pelo desejo de conhecer um universo social e culturalmente diverso do seu, a artista se divide entre o ateliê e um trabalho de cunho socioeducativo junto a moradores das favelas da Vila Leopoldina, na zona oeste da cidade. A fundação do Instituto Acaia, com Ana Cristina Cintra, em 2001, dá corpo a esta ação, que passa a ser oferecida no contra-turno escolar. Em 2017, é aberto o ateliescola acaia, escola gratuita que recebe mais de 200 crianças das comunidades por ano.

Em 2019, a dupla cria o Instituto Çarê, que resgata e qualifica acervos relevantes e produz ações e publicações nos campos de artes visuais, música, educação e pesquisa.

Em meio ao trabalho nos institutos e a novos projetos audiovisuais, a artista realizou em 2023 a exposição Formas vivas, na Pinacoteca de São Paulo, e lançou o canal Infâncias despedaçadas, voltado a estabelecer um amplo debate público sobre abuso infantil.

Elisa vive e trabalha em São Paulo.

Elisa Bracher
SOBRE
OBRAS
OBRAS
EDU, CV, EXTRAS
Gravura

A partir do final dos anos 1980, a artista experimenta com a linguagem da gravura, sobretudo em metal, que estuda com Evandro Carlos Jardim e Claudio Mubarac. De caráter abstrato e já marcado pelo desejo de intervir no espaço, seu trabalho é visto em mostras e salões pelo país. Nos anos de prática gráfica, que mantém em paralelo ao desenho e às primeiras esculturas em metal, seu gesto ganha amplitude e as superfícies de impressão se expandem, reforçando o movimento rumo ao tridimensional. 
“O que normalmente nas gravuras deriva do contato íntimo das mãos com a chapa de metal ou a matriz de madeira passava a ser um embate mais físico do corpo que se projeta por inteiro na superfície”, escreve o professor e curador Luiz Camillo Osorio. “Eram gravuras que se viam de longe e que saltavam da parede em nossa direção”. Para o crítico Lorenzo Mammí, é da prática de gravar que nasce o embate da artista com o espaço e suas esculturas, que surgem “da busca de uma relação essencial entre o traço ou a mancha escavada e o espaço branco, resistente e denso do papel”.

INFORMAÇÕES
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