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Francisco Rebolo

São Paulo

1902

SOBRE

Francisco Rebolodedicou-se a gravura em dois períodos de sua vida artística.

De 1959 a 1962 realizou cerca de 20 xilogravuras e na década de 1970, estimulado pelo artista Marcello Grassmann e outros amigos gravadores, produziu cerca de 50 matrizes de água-forte e litografia.

A xilogravura representou uma continuação das monotipias, processo que Rebolo praticou nos anos 50 com expressivos resultados. Ao se dedicar a gravura em metal sobre cobre nos anos 70, Rebolo consegue estabelecer uma forte simbiose com sua pintura ao aquarelar algumas de suas águas-fortes.

Muitas vezes é uma tentação para o pintor que grava utilizar-se das gravuras como uma fonte para experiências colorísticas apoiadas numa mesma composição. Para um pintor sempre preocupado com pesquisas relacionadas à cor - caso de Rebolo - tal exercício permite um processo de comparação que se reflete nas suas pinturas.

Talvez o mais importante a ser destacado nas gravuras de Reboloé que elas podem e devem ser apreciadas por sua condição de gravuras. Em sua obra, a gravura tem autonomia e vai muito além da utilização como um instrumento adicional para o desenvolvimento dos óleos. Observa-se que o pintor produziu expressivas gravuras com gosto e por gosto.

Apreciar estas obras nos revela o Rebolo-gravador com recursos muito próprios, uma faceta que se junta as suas qualidades de pintor, desenhista e artista que sempre trouxe temas a frente de seu tempo: o respeito à natureza, a preservação do meio ambiente, o olhar verdadeiro sobre a figura humana e o combate ao racismo e ao preconceito.

Na comemoração dos 120 anos de nascimento de Francisco Rebolo, a galeria Gravura Brasileira em conjunto com o Instituto Reboloapresenta esta primorosa produção de gravuras que não eram vistas em público desde 2004.






Francisco Rebolo
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OBRAS
OBRAS
EDU, CV, EXTRAS
Origens

Rebolo de duas artes: pintura e futebol


Um início com raízes populares


Francisco Rebollo Gonsales (nome artístico: REBOLO) nasceu no dia 22/08/1902, em São Paulo, sendo filho de imigrantes espanhóis que chegaram ao Brasil no final do século XIX. Viveu intensamente duas trajetórias: primeiramente, jogador de futebol de 1917 a 1932, atuou no Corinthians (1921 a 1927) e no Ypiranga, ambos clubes da cidade de São Paulo; a partir de 1934, torna-se pintor e completa no seu falecimento (10/7/1980) uma história de quase meio século como importante artista plástico. Um fato curioso uniu suas duas atividades: na década de 30, pintor já conhecido, desenhou o símbolo definitivo do Corinthians, que é hoje um ícone nacional.

INFORMAÇÕES
Grupo Santa Helena

Grupo Santa Helena: companheirismo marcando a arte e a vida


Característica marcante de Rebolo, que se manifestou claramente durante sua longa trajetória de artista, foi a capacidade de organizador da categoria. Logo no início da carreira, em meados da década de 30, alugou duas salas no imponente edifício Santa Helena - prédio que dividia as antigas Praça da Sé e Clóvis, no centro de São Paulo; nelas montou seu ateliê de pintura de cavalete, utilizando-as também como ponto para atender sua clientela de pintura ornamental de residências, na condição de microempresário. Com espírito de liderança, Rebolo convidou para utilizarem as salas alguns nomes que acabaram entrando para a história da arte brasileira: Aldo Bonadei, Fúlvio Pennacchi, Alfredo Volpi, Clóvis Graciliano, Mário Zanini e outros, e dessa convivência e proximidade surgiu o que foi batizado pela crítica da época como Grupo Santa Helena. Todos os seus membros permaneceram amigos e companheiros para sempre.

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